sexta-feira, agosto 31

Preocupante

A ler este post da Palmira no De Rerum Natura sobre os criacionistas terem conseguido com que o governo Islâmico da república Turca bloqueasse o domínio Wordpress.com. Indispensável e preocupante, muito preocupante.

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quinta-feira, agosto 30

Tão suave é o engano
levado ao fim tão almejado e caro,
que bane a alheia angústia
e doce faz todo o sabor amargo.
Oh, remédio alto e raro,
que o bom caminho aponta à alma errante!
Com teu grande valor,
Tornando outrem feliz, brindas o amor
e vences, só co'os teus conselhos santos,
pedras, veneno e encantos.

Final do terceiro acto da Mandrágora de Maquiavel. Excertos apareciam num spot da SIC notícias.

Activistas anti-OGM

Aqui se pode ver (pelo menos) um dos "activistas" envolvidos na destruição de um hectare de milho transgénico em Silves. Via 31 da Armada.

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terça-feira, agosto 28

Tem de haver algo

Numa conversa sobre religião, e ao falar do criacionismo galopante na américa, às tantas digo: «é óbvio, está mais que provado, que nós descendemos dos macacos». De imediato ouço: «então se nós descendemos dos macacos, os macacos descendem de quem?!»

Epá, com esta é que me entalaram.

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segunda-feira, agosto 20

Ainda o milho IV

Alguém disse, já não sei quem, que o movimento Verde Eufémia deveria era chamar-se Verde Melancia: verde por fora, vermelho por dentro.

Ainda o milho III

A GNR não deteve ninguém porque não foi apresentada queixa pelo proprietário, o que, sendo o crime de dano semi-público, seria necessário. Podiam era ter identificado mais de 6 pessoas, isso sim. Contudo, fiquei globalmente satisfeito com a resposta das autoridades: GNR, M. Público, M. Agricultura e M. Adm. Interna.

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Ainda o milho II

O que me irrita é que, quando se começar a discutir mais os OGM, alguém há-de vir dizer que o mérito é destes energúmenos, por terem lançado a questão na agenda mediática. Irrita-me porque não é mentira, embora seja apenas uma reles tentativa de desculpabilizar o indesculpável.

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Ainda o milho

Olha, mais ecoterroristas

«O GAIA apoia a acção do Movimento Verde Eufemia, por considerar o uso de desobediência civil e acção directa não violenta uma estratégia válida na luta pelos direitos sociais e ambientais da população.»
que não sabem o que é desobediência civil
«Civil disobedience is the active refusal to obey certain laws, demands and commands of a government or of an occupying power without resorting to physical violence. It is one of the primary tactics of nonviolent resistance. In its most nonviolent form (known as ahimsa or satyagraha) it could be said that it is compassion in the form of respectful disagreement.»
e cuja falta de brio e desconsideração pelos concidadãos, os impede de manter online páginas, enfim... mais polémicas:
«[O dia de acção contra os transgénicos] contará com acções descentralizadas, directas e criativas, pelo que desde já são convidad@s a pensar a vossa própria acção ou a juntar-se com outr@s activistas durante o Ecotopia para formar grupos de afinidade. No dia anterior, 16 de Agosto terão lugar workshops de formação sobre o tema dos transgénicos e de preparação para as acções.»
Para bom entendedor...

Via Abrupto, O Insurgente, e Blasfémias.

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sexta-feira, agosto 17

À sombra do milho verde eufémia

Fazendo minhas as palavras do Paulo Gorjão, só não percebo porque raio é que a GNR não deteve os criminosos que destruiram um hectare de milho em propriedade alheia, sobretudo tendo ameaçado repetir os actos noutras propriedades semelhantes. Encanita-me também que a comunicação social use o termo "activistas ambientais" para designar esta abjecta massa acéfala de gente que não entende o estado de direito, o método científico ou sequer a liberdade.

Quando quiserem discutir a temática dos OGM, vamos a isso, mas façamo-lo de forma séria, racional e independente das considerações sobre estes actos.

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quinta-feira, agosto 16

Drogas na Estrada

As polícias podem agora fazer o despiste do consumo de variadas substâncias nos condutores deste país. As substâncias são as anfetaminas, metanfetaminas, opiáceos, cocaína, canabinóides e benzodiazepinas. Pontos positivos:

  1. o despiste apenas ser feito se houver indícios — a preocupação é a segurança rodoviária, não o policiamento de costumes;
  2. o condutor não poder ficar inibido de conduzir (apenas por causa do teste) — salvaguarda casos em que as substâncias detectadas não influem na capacidade de condução, permitindo posterior impugnação sem grandes danos para o cidadão;
  3. efectivamente dissuade a condução sob o efeito de psicotrópicos — muitos apenas tinham como preocupação o álcool;
  4. embora os kits detectem, a lei não prevê a fiscalização das benzodiazepinas, que podem ser usadas como calmantes e em certos casos, sobretudo com acompanhamento médico, parecem não influir significativamente na capacidade de condução.
Pontos negativos:
  1. Não estabelece um limite máximo permitido, abaixo do qual o teste é considerado negativo, apenas detecta a presença;
  2. deficiente auditabilidade do equipamento — não há testes para aferir se o lote de kits está em condições;
  3. deficiente rastreabilidade — não há registos da análise, baseia-se apenas numa banda colorida visualizada no momento pelo agente.

O primeiro ponto negativo levanta a possibilidade de alguém ser autuado por acusar vestígios de consumo que já estão em níveis irrelevantes para efeitos de condução. Isto vai acontecer e, mesmo que o teste posterior consiga quantificar os vestígios, é preciso que primeiro a lei defina quais os limites. Tanto quanto sei, não o fez. O visado poderá depois fazer o seu caso nos tribunais, podendo eventualmente ganhar, mas era mais fácil que a lei estivesse bem feita de início. Uma pequena pesquisa sobre o kit revela um limite inferior (cut-off) de 40ng/mL, para os canabinóides, o que, para o que conheço do fenómeno, me parece de acordo com aquilo que serão os seus efeitos sobre a condução.

A deficiente auditabilidade e irrastreabilidade, embora decorrentes da própria natureza dos testes, podem levantar alguma incerteza ou dificuldades processuais em caso de contestação e/ou impugnação dos resultados.

Alguns montantes das coimas parecem-me francamente excessivos. De uma forma geral, penso que é uma medida, embora pouco rigorosa, positiva.

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quarta-feira, agosto 15

Escultura Cinética

Absolutamente genial.

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Estragos do Endeavor

Podem ver aqui imagens dos estragos causados às placas de protecção térmica do vaivém Endeavor, aquando da descolagem. Ainda não é conhecido de que forma estes estragos condicionam a viagem de regresso. Estão a ser feitas tentativas de conserto.

Actualização: No Público diz-se que o «Vaivém Endeavour deve poder regressar à Terra sem que seja preciso fazer reparações».

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terça-feira, agosto 14

As Doze Virtudes da Racionalidade

«The first virtue is curiosity».

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segunda-feira, agosto 13

Palavras Simples a Recuperar

Trapaça

s. f.,
    burla;
    contrato fraudulento;
    dolo;
    engano.

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domingo, agosto 12

De cruzinha em cruzinha

... até à cruzinha final. Adoro estes testes. Vejam:

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terça-feira, agosto 7

Mais anti-clichés ambientalistas

Neste artigo.

Vacas produzem mais CO2 que aviões, é melhor ir de carro do que a pé ao supermercado, sacos de plástico são mais amigos do ambiente que os de papel, etc. Leiam.

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segunda-feira, agosto 6

Entrevista de Márcia

Entrevista de Márcia Rodrigues ao embaixador do Irão em Portugal. O comentário de muitos foi apenas para a indumentária, mas olhem que o conteúdo é bem mais merecedor. Deferente na forma mas nada no conteúdo.

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Medo e Securitarismo Virtuais

A ler sobre os recentes pânicos relacionados com pedofilia virtual (via second life) este artigo. O último parágrafo é um bom resumo:

«The burst of publicity about virtual pedophilia in Second Life may have focused on the wrong target. Video games are properly subject to legal controls, not when they enable people to do things that, if real, would be crimes, but when there is evidence on the basis of which we can reasonably conclude that they are likely to increase serious crime in the real world. At present, the evidence for that is stronger for games involving violence than it is for virtual realities that permit pedophilia.»

Antes que alguém pense em proibir, ou limitar os jogos violentos (os quais não consumo), gostaria que antes disso deixassem demonstrada a relação causal entre os mesmos e crimes violentos. Como tal coisa não será provada (basta várias pessoas jogarem e não matarem ninguém, o que acontece a toda a hora) espero que ninguém cometa a grossa estultícia de os proibir. Recomendo aos eventuais líricos que pugnem por um qualquer Portugal Livre de Jogos Violentos que se capacitem que há pessoas desequilibradas e pessoas sãs. Não é por existirem jogos violentos que as pessoas desequilibradas aumentam e vão desatar a matar criancinhas. Não lhes tendo acesso, talvez arranjem formas mais reais de extravasar os seus demónios. Muito mais importante será investir nas competências parentais e dar condições às crianças de crescer em lares mais harmoniosos.

Quanto à pedofilia virtual, esclareçamos desde já que estamos a falar de adultos que voluntariamente aderiram a um jogo, via internet, sujeito às suas regras próprias, que permite a cada jogador representar (actuar sobre) uma personagem de características à sua escolha, como seja a idade. Acontece que algumas dessas personagens se envolvem em práticas semelhantes aos actos sexuais humanos. Não há crianças reais envolvidas. As imagens que aparecem no ecran são obviamente de síntese, artificiais. Bytes. Zeros e uns. Se esses actos chocam quem quer que seja, sugiro aos ofendidos que pugnem pela condenação dos pedófilos virtuais nesse mesmo mundo virtual. Que criem, se for preciso, instituições como as polícias e os tribunais nesse mesmo mundo, bem como a legislação que lhes aprouver, mas por favor, não incomodem as instituições da República real (passe a antítese) que já tem falta de tempo, de meios, e problemas que chegue. Se no meio de tudo isso, ninguém vos ouvir, óptimo, é sinal que nem tudo está perdido.

Via O Cachimbo de Magritte

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domingo, agosto 5

Marketing de Recrutamento

Recebi um email dum fórum de estudantes da minha licenciatura (Eng. Informática na UNL) a anunciar a criação de "grupos de elite" formados por estudantes e patrocinados pela Microsoft através dum seu programa denominado Microsoft Student Partner. Está a decorrer uma fase de recomendações para os MSP de 2008, pelo que todos os interessados são instados a manifestar-se, em forma de C.V. e um pequeno texto, no sentido de serem seleccionados de entre os «milhares de estudantes amantes das TI». São dadas algumas informações: Qual o perfil de um MSP?

  1. Paixão por tecnologia
  2. Bom comunicador
  3. Dinâmico e com capacidade de liderança
  4. Gosto por actividades sociais (on-line e off-line)
  5. Gosto em aprender e manter-se actualizado
  6. Gosto por viajar
  7. Identificação com os valores éticos da Microsoft

Mas vejamos, o que faz um MSP?

  1. Divulga a tecnologia Microsoft junto dos outros estudantes
  2. Promove programas e eventos Microsoft do interesse dos estudantes
  3. Participa como orador em eventos técnicos
  4. Defende os valores éticos da Microsoft tendo uma postura compatível
  5. Apoia técnicamente os outros estudantes
  6. Ajuda os outros estudantes a terem um canal aberto com a Microsoft
  7. Partilha as suas experiências
  8. Cria e anima comunidades de estudantes

Portanto, a Microsoft desenvolve um programa de parceria com estudantes em que lhes pede que sejam dinâmicos, comunicativos, bla, bla, bla, que se identifiquem com os seus valores éticos (o que, dado o execrável registo desta empresa nessa matéria, não se percebe se se trata de uma fina ironia ou um apelo subliminar à compartimentação cognitiva), que partilhem as suas experiências, tenham gosto por viajar e animem a sua comunidade de estudantes, podendo ainda vir a participar como oradores (!) em eventos técnicos. Tudo isto a troco de:

  1. Kit de boas vindas
  2. Certificado de participação
  3. Oportunidades de estágio e de recrutamento na Microsoft
  4. Subscrição MSDN gratuita
  5. Portal MSP
  6. Prémio melhor MSP Portugal
  7. Formação gratuita (técnica, soft skills,...)
  8. Convite para participação em eventos técnicos (incluindo Tech ED)
  9. Reuniões trimestrais conjuntas
  10. Acesso a material de marketing (t-shirts, pens, ...)
  11. Ser orador em eventos Microsoft

É para rir, com certeza. No fundo tornar-se num lacaio de comunicação da Microsoft, motivado por (poder a vir) fazer parte de tão grande e poderosa empresa, esforçar-se-á ao máximo por propangandear a boa nova, tendo até a oportunidade de brilhar entre os seus pares e em eventos, como orador. Tudo isto com uma "postura compatível" o que implicará, como todos sabemos, a renúncia a quaisquer "opiniões dissonantes". Nada que não se entenda, muitas empresas o fazem, a diferença é que numas "custa" menos fazê-lo. A menção a ser orador é repetida, não vá o estudante não reparar nesse estonteante benefício. Oferecem ainda uns presentinhos para adocicar a boca; um merchandising para ajudar à identificação emocional mas nada de concreto, tirando talvez a formação.

Não quero com esta mensagem criticar quem por sua iniciativa divulga esta oportunidade (LEI-Fórum) porque certamente o faz bem-intencionado, ou sequer a empresa que apenas cumpre as guidelines de recrutamento dadas pelos recursos humanos, dos melhores do mundo, certamente. O único propósito desta minha mensagem é instar os meus colegas a não comprometer desta forma o seu futuro enquanto engenheiros informáticos. É que toda esta panóplia de siglas, cargos e eventos esconde uma empresa que pouca engenharia a sério faz (sobretudo em Portugal!), muito pouco inovou inventou desde que existe e que (desde que pode) adopta práticas anti-concorrenciais e "variadas" manobras de bastidores. Não é que outras empresas não o façam, mas pelo menos não digam que é por amor à tecnologia.

Eu acho que tudo isto é muito pouco para alguém que está prestes a ser engenheiro informático por uma das melhores Universidades do país. Mas mesmo que tudo isto à superfície pareça apelativo, é preciso ver mais longe, para o que realmente a empresa faz no dia-a-dia (assumindo que o que neste projecto interessa é a oportunidade de conseguir um estágio). E o que é que um profissional da MS faz no dia-a-dia? Muito pouco que tenha que ver com a engenharia informática. Tipicamente, tornar-se-á extremamente hábil num conjunto de software cuja construção e modificação pouco dependerá de si, realizará vários projectos de consultoria com base em software pré-empacotado, e dará por si daqui a uns anos absolutamente dependente de tecnologias proprietárias (nada contra) cujos "dias de glória" poderão já estar a passar, e com um quadro mental restringido a esse universo de buzzwords em que o marketing se mistura com a informática e a tecnologia vem de Redmond, WA. Isto é que são as «condições de atingirem seu potencial pleno»? Cada um saberá por si. Eu já cheguei à minha conclusão: nem pensar.

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sábado, agosto 4

Estavam à espera de quê?

Na BBC:

«Sex abstinence programmes do not stop risky sexual behaviour or help in the prevention of unwanted pregnancy, a research team has concluded.»

Só um utopista puritano poderia cair na tamanha ingenuidade que é apelar à abstinência como forma de evitar infecções de DST ou gravidezes indesejadas. E olhem que entre nós não faltam líricos destes.

Via 31 da Armada

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sexta-feira, agosto 3

Traduções que mais valia estar quieto

Li hoje pela primeira vez (nunca tinha visto) a tradução da matriz SWOTStrengths, Weaknesses, Opportunities e Threats. Senhoras e senhores, apresento-vos a matriz FOFAForças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.

Estes anglófobos matam-me.

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quinta-feira, agosto 2

Olhó Robô, Andorinha

Estudantes da Delft Universityof Technology criaram uma andorinha-robô. Asas de quatro penas, retrácteis (como o hélice) permitem-lhe um voo extremamente eficiente. Não fará a primavera mas é interessante.

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Torre Bela

Ao que parece, o post Confronto Ideológico não-Teórico que aqui passou, é de parte de um documentário de Thomas Harlan, sobre a ocupação durante oito meses da herdade da Torre Bela, que vai reestrear no Cinema King em Lisboa.

Via 31 da Armada.

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quarta-feira, agosto 1

Portela + Alcochete

Daquilo que aprendi ao longo de vários anos numa escola de engenharia, dou de barato que existam custos associados a uma solução de dois pólos aeroportuários em vez de um só. Nestas coisas dos transportes, o principal tradeoff é entre distâncias e granularidade (poucos-maiores Vs. muitos-menores), pelo que quanto menor a granularidade (poucos-maiores), maior a eficiência, desde que as distâncias não anulem a vantagem. Como no caso da zona de Lisboa as distâncias não são grandes entre quaisquer dois possíveis aeroportos, agregar é o que se deve fazer. Isso torna a solução Portela + 1 uma solução de recurso temporária, nunca definitiva.

Na dita escola da engenharia também aprendi umas coisas de investigação operacional, mas se calhar nem seriam precisas para perceber que uma transição total e abrupta de um aeroporto para outro sai bem mais cara do que uma transição faseada, tão faseada quanto se queira. Pelo simples facto de na primeira situação haver um constrangimento pervasivo absoluto (afecta todos de forma absoluta) e na segunda não o haver, o que permite um ajuste calculado dos (grupos de) agentes envolvidos. Bombeiros, a zona da carga, da manutenção, os carros de pista, auto-tanques, rebocadores, a restauração, os carrinhos, etc. Todos esses subsistemas veriam a sua procura gradualmente aumentada num lado e diminuida no outro. Cada um desses subsistemas poderia planear a sua transição de forma a poupar o mais possível.

Há aqui um conjunto de dados engraçados face ao exposto:

  1. Portela + Alverca não seria definitivo.
  2. A transição Portela -> Ota teria de ser apressada, senão mesmo imediata.
  3. A transição Portela -> Alcochete pode ser faseada.
  4. Alcochete será (se for escolhido) definitivo.

Se a solução for Ota, não há escolha: a transição tem de ser imediata mesmo que os seus custos superem os duma transição faseada somados com os decorrentes das perdas (temporárias) por não-agregação. Se a solução escolhida para substituir a Portela for Alcochete, o processo poderá ser planeado para o ponto óptimo: aquele em que o custo marginal de mais uma semana com dois aeroportos equivale ao ganho marginal de mais uma semana para a transição. O custo pela não-agregação (ter dois pólos a funcionar durante X tempo) Vs. os ganhos por uma transição mais faseada. Assim a olho, parece-me que algumas semanas em simultâneo não serão muito graves para a estratégia de hubbing da TAP e serão de uma enorme ajuda ao processo de transição.

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Interoperabilidade às urtigas

A todos os níveis vergonhoso o comportamento do Instituto de Informática relativamente à comissão técnica 173 — Linguagem de Descrição de Documentos e a todo o processo de escolha dum formato interoperável de documentos, que como se esperava devido à presidência pela Microsoft, redundou num voto favorável ao OOXML, falso standard com sérios problemas de interoperabilidade. A Sun (promotora dos formatos abertos do OpenOffice já largamente utilizados) e a IBM ficaram de fora alegadamente devido a... falta de espaço na sala.

A vergonha é, nos dia que correm, um bem escassíssimo. O asco, esse, abunda.

Via A Origem das Espécies. A ler também o post do Ludwig sobre o mesmo.

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