sábado, janeiro 26

Do Pacifismo

«The simple fact is that non-violent means do not work against Evil. Gandhi's non-violent resistance against the British occupiers had some effect because Britain was wrong, but not Evil. The same is true of the success of non-violent civil rights resistance against de jure racism. Most people, including those in power, knew that what was being done was wrong. But Evil is an entirely different beast. Gandhi would have gone to the ovens had he attempted non-violent resistance against the Nazis. When one encounters Evil, the only solution is violence, actual or threatened. That's all Evil understands.»

-- Robert Bruce Thompson

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A Free Society

Eu não sabia disto. Estou estupefacto. Esta gente é mesmo completamente doida. Salva-os o facto do reitor da universidade ter vindo dizer que a situação foi lamentável ("regretful") e o facto de dois dos polícias terem ficado suspensos até ao final do inquérito lançado à sua actuação, que visou averiguar se teria sido usada força excessiva. Mas não deixa de espelhar muito cristalinamente o permanente estado de desentendimento mútuo que permeia aquela sociedade. Isto por cá resolver-se-ia de forma infinitamente mais saudável.

Outro triste exemplo.

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sexta-feira, janeiro 25

Muito melhor que protóxido de azoto (2)

«Welcome to the Institute for Creation Research, the premier education and research institution that equips believers with scientific evidences of the Bible's accuracy and authority.»

Outro dia li a frase do ano: «Apes evolved from creationists». Um insulto na medida certa com os ingredientes exactos. E olhem que é ser muito brandinho comparativamente com o rancor anti-científico de quem vê as suas crenças de infância contestadas por simples evidências.

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quarta-feira, janeiro 23

Ouvido de passagem

«Esta coisa do aquecimento global é mesmo a sério. Anda tudo avariado. Eu que nunca ficava doente já me constipei umas cinco vezes!»

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sexta-feira, janeiro 18

A reforma das urgências

«O presidente da comissão [Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências] entende que as reformas que estão a ser feitas na área da saúde "são as correctas, são a favor da eficácia do sistema, não em termos económicos necessariamente, mas em termos de eficácia clínica".» - in Público.

Concordo em absoluto, apesar de admitir a existência de erros na sua implementação.

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terça-feira, janeiro 15

Se eu votasse n'América

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O maior disparate de todos os tempos

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domingo, janeiro 13

Muito melhor que protóxido de azoto

Modern democracy was an invention of the British and I believe that, among most major modern languages, English is the only genuinely democratic language in the World. You cannot think and write in English without becoming a democrat, if you were not one before, and if you are a democrat, English is the appropriate language for you to think and speak.
No Portugal Contemporâneo.

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Palavras Simples a Recuperar

Ralhete

s. m.,
    dim.  de ralho;
    repreensão moderada;
    censura sobre actos ou comportamentos.

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sábado, janeiro 12

Défice enquanto futuro

Uma boa forma de entender o défice é pensar no futuro. Se há défice estamos a "consumir futuro" e se há superavit estamos a "investir futuro". Dito de outra forma, se temos défice estamos a contar que o futuro seja por si só tão bom que nos permita descontar um bocadinho para acudir ao agora, e se temos superavit estamos a contribuir para que ele seja melhor do que eventualmente possa vir a ser por si próprio.

Há por aí muitas vozes que, acautelada que está a ultrapassagem do limite de 3%, começam a clamar por uma baixa de impostos. Tal seria obviamente desejável, mas apenas pode acontecer a par duma igual redução da despesa pública. E se é verdade que uma baixa de impostos estimula a economia (pois pudera, não é o Estado a gastá-lo!) ainda é mais verdade que um orçamento de estado desequilibrado a inibe. Julgo, portanto, irresponsável o argumento segundo o qual devemos "baixar agora, que depois isto recupera".

Não esqueçamos que, em primeiro lugar, o número três, embora seja um número muito importante, não é nenhuma "constante natural" do défice, abaixo do qual a natureza macroeconómica das coisas se altera: é um mero valor de compromisso acordado por políticos para figurar num tratado. A única constante natural que se aplica ao défice é o zero. Ou há ou não há. E não deve haver. Há estados que têm como obrigação constitucional a estrita observância de défice zero todos os anos. Não esquecer também que há um compromisso (não oficial, salvo erro) entre os países europeus de atingir o défice zero.

O que na minha opinião devemos clamar por, no que ao défice concerne, é pela baixa da despesa pública. Vigorosamente. Numa legislatura ela deveria descer para 2/3 do valor presente. Se isso acontecesse, os impostos baixariam sem ser à custa do futuro, o dinheiro ficaria (mais) com quem o ganha.

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sexta-feira, janeiro 11

Liberais Mimados

Eu que sou muito sensível aos argumentos que são acompanhados da palavra liberdade, não deixo de achar uma certa graça aos especiosos e tricotados argumentos liberais que pelas costumeiras paragens polulam (nem vale a pena linkar), sobre a estafada, malfadada, ignóbil e social-engenheira lei do tabaco.

É que, por muita razão que possam ter na sua profunda análise sobre a jusnaturalidade intrínseca do ar, ou sobre a efectiva natureza do contrato que se estabelece quando entramos num estabelecimento comercial, esquecem-se que estamos a falar do simples acto de fumar (e seu local) ou da boa ventilação espaços fechados.

Sim, é verdade que há cidadãos que vêem a livre iniciativa de estabelecer comércio nos moldes que bem entendem ligeiramente coarctada pela obrigação de atender aos não-fumadores, mesmo que não os queiram como clientes, mas por favor, não tratem este assunto como se estivesse em cheque uma liberdade fundamental do ser humano ou um apocalipse comercial como se de repente os fumadores não vivessem em mais lado nenhum senão na rua.

Não esqueçamos que existe um mundo "lá fora" onde em muitos sítios nem um mísero vislumbre de liberdade se consegue. Não é preciso falar na liberdade de expressão, associação, comércio, profissão, voto, mobilidade, etc, etc, etc, pois não? Eu sei que vivemos num país que duma forma geral respeita as liberdades (e portanto temos de arranjar assunto senão tornamo-nos socialistas), mas ainda há áreas onde a nossa querida liberdade é bem mais maltratada e onde a nossa exaltação e preocupação são bem mais necessárias. Os argumentos liberais contra a lei do tabaco são correctos? Duma forma geral, sim. Correctos, mas um bocado mimados.

Exercício: daqui por uns dois anos revisitar estas discussões.

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terça-feira, janeiro 8

UE preocupada com Sócrates

Ai ai! A UE anda toda preocupada com a possibilidade do Sócrates fazer um referendo, ele que afinal afinal até se calhar é bonzinho a esse ponto. Senão "eles" não se preocupavam, ora não vos parece?

Se ele o faz: «Este gajo é o máior, pá, até desafia a UE e confia aqui no povão, vamos lá mas é votar sim para ficarmos em grande na fotografia.»

Se ele não o faz: «Epá, pois, mas se calhar também não convinha arreliar os nossos amigos europeus, hein... Ele até queria mas não o deixaram. O Cherne ainda tinha um solipampo. Ele é porreiro, eles é que... pronto.»

Saber esperar compensa. Aprendam, que o homem pode ser arrogante, ser Socialista e ter uns tiques, mas não é parvo.

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Luiz Pacheco

quarta-feira, janeiro 2

A Nation Under Dog

Muito mais importante que os EUA elegerem um presidente negro ou uma presidente mulher, era elegerem um presidente ateu. Não que haja qualquer problema em eleger como presidente um candidato religioso: não há. O problema é justamente haver um problema (ou mesmo impossibilidade) em eleger um candidato ateu.

Depois queixam-se das teocracias overseas...

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