quinta-feira, fevereiro 21

Banco de bens não-perecíveis

Tiro sempre o chapéu a todos aqueles que dão um pouco de si para ajudar o próximo:

A BUS - Bens de Utilidade Social - é uma associação de solidariedade social que visa apoiar instituições de solidariedade social do distrito de Lisboa, fornecendo bens essenciais de carácter não alimentar.

Etiquetas:

domingo, fevereiro 10

O Marinho Pinto é que é um Populista

O Estado fez uma central de compras. A ideia é que ali se registem todos os fornecedores de bens (e serviços?) do estado, para que este, nalguns casos obrigatoriamente, ali congregue as suas compras e (desejavelmente) consiga o melhor preço. Juntar todos no mesmo sítio e ver quem dá mais, simples não é?

Pois bem, Portugal é uma terra pouco dada a simplicidades e este simples e transparente mecanismo de facilitação da economia de mercado já foi corrompido. Explicam-me vozes avisadas que as entradas na dita central de compras estão congeladas, que os fornecedores que já lá estão têm os seus catálogos congelados, os quais só vão sendo alterados ao abrigo das permitidas "actualizações", item a item. O resultado é que se conseguiu um canal de vendas onde só algumas empresas amigas podem operar, por onde grandes compras do estado (de todos nós) são obrigadas a passar, e onde existe tudo menos flexibilidade e transparência.

Imaginemos a seguinte situação (hipotética, claro): uma organização do Estado precisa de comprar o artigo X. O artigo X, de acordo com as regras, é obrigado a passar pela central de compras. Na central de compras só a empresa A fornece o artigo X. Muitas outras estariam em condições de o fazer, mas apenas A está inscrita na central. A nem sequer é a fornecedora principal do artigo X, mas apenas revendedora. A empresa A compra o artigo X e revende-o ao estado. A fica com a singela margem de, digamos, 15%. Se X custar quarenta mil euros, A fica com seis mil euros sem mexer uma palha. Seis mil euros dá para encher muita luva.

Depois o Marinho Pinto é que é um populista, claro.

Etiquetas: , , ,

Demagogia Fácil

Começou no Mário Crespo mas já se espalhou por aí, uma indignaçãozinha barata com a "renda" que o restaurante Eleven paga à Câmara de Lisboa. Apressam-se todos a criticar o "valor escandaloso" da renda, mas todos esquecem convenientemente o facto de no final da concessão o edifício reverter para a Câmara.

Eu não fiz as contas e não sei que valor mensal equivaleria a construção do edifício em causa no prazo de, digamos vinte anos (ou o que for), mas o que eu critico é que todos os que se apressam a mostrar a sua indignação de certeza que também as não fizeram. E é bem possível que esse valor, acrescido da (irrisória, é certo) renda de quinhentos euros mensais, perfaça uma quantia justa, que torne aceitável o contrato que a Câmara firmou. Também pode acontecer que o valor seja demasiado baixo, é preciso é que se façam as continhas! Agora, apenas contar com a renda que é paga por mês esquecendo os custos de construção daquilo que reverterá para a Câmara, é deixar de fora a parte mais importante da economia do contrato e não passar do nível da demagogia de café.

Etiquetas: , ,

quarta-feira, fevereiro 6

A Desilusão de Ron Paul

Não esperava que um médico, por muito cristão que fosse, rejeitasse a evolução e dissesse tamanhas inanidades. Mais um pelo cano abaixo.

Etiquetas: , ,