Demagogia Fácil
Começou no Mário Crespo mas já se espalhou por aí, uma indignaçãozinha barata com a "renda" que o restaurante Eleven paga à Câmara de Lisboa. Apressam-se todos a criticar o "valor escandaloso" da renda, mas todos esquecem convenientemente o facto de no final da concessão o edifício reverter para a Câmara.
Eu não fiz as contas e não sei que valor mensal equivaleria a construção do edifício em causa no prazo de, digamos vinte anos (ou o que for), mas o que eu critico é que todos os que se apressam a mostrar a sua indignação de certeza que também as não fizeram. E é bem possível que esse valor, acrescido da (irrisória, é certo) renda de quinhentos euros mensais, perfaça uma quantia justa, que torne aceitável o contrato que a Câmara firmou. Também pode acontecer que o valor seja demasiado baixo, é preciso é que se façam as continhas! Agora, apenas contar com a renda que é paga por mês esquecendo os custos de construção daquilo que reverterá para a Câmara, é deixar de fora a parte mais importante da economia do contrato e não passar do nível da demagogia de café.
1 Comentários:
O terreno onde se insere o Eleven não tem preço. Deixar construir um restaurante naquele sítio é uma vergonha. Maior vergonha ainda é o espaço não ser acessível à maior parte das pessoas, como bem demonstra o menu expresso por "apenas" € 39,90. Não cabe à CML financiar restaurantes de luxo em terrenos privilegiados.
O investimento no restaurante será recuperado em poucos anos. A perda dos munícipes será irreparável.
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