sexta-feira, outubro 26

Reflexão de ontem

- Estás chateado?
-- Se há coisa que me irrita é as pessoas se chatearem sem razão para isso.

-- Por outro lado também não sei se isto é uma boa razão para me chatear. Hum.

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segunda-feira, outubro 22

As escutas

Para quem não sabe, fica a saber: é perfeitamente possível e, embora não seja barato, viável, criar um sistema integrado de gestão de escutas em que se garanta:

  1. a identidade dos juízes;
  2. que ninguém acede a uma escuta sem a autorização dum juíz;
  3. que a informação duma escuta é destruída por ordem dum juíz;
  4. que todos os acessos às escutas são registados.

Isto é o suficiente para terminar com a promiscuidade das escutas, em cujo processo, das operadoras de telefones até aos advogados dos processos, há muita, muita gente que lhes põe as mãos em cima. Com um sistema destes, seria possível garantir que apenas quem (e quando) um juiz determina as ouve.

O problema é que ninguém está interessado nisto. Lembram-se do que aconteceu ao outro jornalista do 24 Horas que divulgou o caso do envelope 9 e acabou perseguido, até hoje? Pois é. Ou do absoluto ridículo que era o ficheiro Excel com a lista das escutas apenas com um filtrozinho para esconder o que não tinha sido pedido. Depois digam que é só nos filmes.

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E a minha cidade é...

You Belong in Amsterdam
A little old fashioned, a little modern - you're the best of both worlds. And so is Amsterdam. Whether you want to be a squatter graffiti artist or a great novelist, Amsterdam has all that you want in Europe (in one small city).

quarta-feira, outubro 17

Os profissionais da vitimização

A indignação é fácil e em Portugal faz escola. Basta uma leve impressão de algo que pode (pode!) ser interpretado como que (como que!) sendo contra algum direito considerado fundamental, que todos se apressam a tomá-lo por certo e a daí retirar definitivos juízos sobre o carácter e a intenção daqueles que lhe estariam por trás. Isto quando não se extrapola para toda a pirâmide de responsabilidades acabando no governo, que, como toda a gente sabe, é quem tem a culpa.

Serve isto para introduzir que acho um disparate a onda de indignação (outra expressão cristalizada) que se espalhou a partir do "incidente" da Covilhã. Um "facto político" bem à Marcelo em que dois polícias foram a uma agência sindical pedir informações sobre a manifestação que se iria realizar, cujo pré-aviso (obrigatório) não tinha sido enviado. Será que alguém proibiu os sindicalistas de se manifestarem? Alguém ameaçou sequer proibir alguma coisa? Claro que não, mas os profissionais da indignação logo se apressaram a vitimizar-se.

Mais ridículo ainda foi no dia seguinte a GNR ter sido chamada por causa de desacatos a uma espécie de comício (ou coisa que o valha) e logo se gerar a tão fácil indignação por alegadamente estar em causa o direito à opinião ou à manifestação. Porquê? Porque a GNR estava lá. A mando do Sócrates, esse fascista.

A próxima vez que vir um Polícia vou logo começar a pensar qual será o direito fundamental que estará a ser ameaçado pela sua presença. É esta a indigência mental da esquerda radical Portuguesa. Tão indigente que ofende a memória do 25 de Abril que julga honrar.

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Corriere dell'eter

Devido à elevada carga de trabalho, incapacidade de estar em dois sítios ao mesmo tempo, recusa em recorrer a estimulantes não sustentáveis e demais constrangimentos mundanos, este blogue andará assim meio mortiço. Temos pena (de não ter caneta).

Ainda assim se vão escrevendo uns disparates, espero.

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terça-feira, outubro 16

Momento Romântico

Em homenagem aos pombinhos que se vão casar. Os meus enternecidos parabéns.

sábado, outubro 6

Forma & Função

A sala do plenário da Assembleia da República é uma excelente metáfora da política Portuguesa: parece muito maior na televisão.

Para constatação pessoal, sugiro visita ao palácio de São Bento, aos fins-de-semana.

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