terça-feira, novembro 27

Momentos Genuinamente Tugas

No dia 25 de Novembro subi ao telhado com uma tesoura e um novelo de guita para arranjar o braço do sintonizador da antena da TV por satélite (insistem que é por cabo), que havia caído por motivo de... corrosão completa. Improvisado um periclitante trapézio, ao fim de persistentes ajustes a olho e reinicializações da "Caixa do Poder", lá ouvi uma exclamação de alegria materna, que, graças ao alinhamento da improvisada estrutura com o insondável Hispasat, finalmente podia ver a desejada Operação Triunfo. Um triunfo do desenrascanço, foi o que foi. Guita e uma tesoura, que orgulho tão Português.

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sexta-feira, novembro 23

Receitas extraordinárias ordinárias

Manuela Ferreira Leite, guardiã respeitada duma ala séria que ainda resta no PSD, veio a público dizer que não compreende porque é que as pessoas "não gostam" das receitas extraordinárias como forma de reduzir o défice público. Interroga-se se não será um mecanismo afectivo (leio irracional) qualquer, fruto de uma conjuntura particular que assim cristalizou e permaneceu. Serão algo que ninguém gosta, mas ninguém sabe explicar porquê é que não gosta.

Eu acho que sei porquê. Não é por achar que o estado deva preservar o seu património, que por mim era vender tudo o que não é essencial e abater na dívida pública. É, isso sim, pelo menos em parte por:

  1. no passado se ter recorrido a receitas extraordinárias com o ano a fechar, tentando encaixar o mais possível em poucos meses. Ora, dificilmente me convencerão que se fazem bons negócios à pressa;
  2. pelo simples facto do défice (quanto mais não seja para efeitos de Maastricht) ser um indicador estrutural. Um um sector público com perdas correntes de X% ao ano, cobertas por venda de património é muito diferente dum que tenha as receitas e as despesas correntes equilibradas, embora ambos tenham défice zero. E não é por acaso: um é sustentável e o outro não.

Eu, que não sou economista (sim, isto é uma salvaguarda para o caso de estar a cometer alguma calinada séria), assim a olho diria que tudo o que pode "ir buscar" à dívida pública devia estar no perímetro orçamental do estado (veja-se o exemplo das Estradas de Portugal) e todas as receitas extraordinárias deviam ir direitinhas para a dívida pública, como acontece, por exemplo, com as privatizações. Senão, que significa o défice? É apenas disso que se trata.

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Criatividade e Lei

Excelente!

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quinta-feira, novembro 22

Quem é que não se deixa governar?

Uma semana de greve quase geral em França. Por reformas como a dos regimes especiais de aposentação.

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quarta-feira, novembro 21

Frustração Geek

Tenho uma password nova muita gira. Não posso é contar a ninguém.

O caminho da loucura

A Dutch teenager has been arrested for allegedly stealing virtual furniture from "rooms" in Habbo Hotel, a 3D social networking website.
(via BBC)

Descolando da realidade a pouco e pouco, até que já não se sabe onde está o chão.

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segunda-feira, novembro 19

Reciprocidade na sanção social

PETIÇÃO PELA OBRIGATORIEDADE DE PUBLICAÇÃO (...) DAS DÍVIDAS DO ESTADO, (...) DE QUE SEJAM CREDORES OS PARTICULARES E AS EMPRESAS.

Podiam era não lhe chamar "Estado Mau Pagador", dando por consumado aquilo que justamente se pretende contrariar.

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quinta-feira, novembro 15

Ordem recusa alterar código deontológico

Quando a racionalidade é toldada pela emoção dos absolutismos religiosos, acontecem disparates destes. Uma grave falta de noção de estado e ética republicana numa instituição que exerce por delegação poderes de soberania, como é a ordem dos Médicos. Eu que não o sou, acho que isto envergonha uma classe, e o dela líder Pedro Nunes desiludiu big time. Esteve bem o ministro.

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segunda-feira, novembro 12

Momentos Chavez

Admiro a paciência de Zapatero e dos restantes. (Em resposta a esta intervenção de Chavez.)

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terça-feira, novembro 6

Serão de terça

A RTP dava futebol. A SIC deu a tragédia de viação em directo, em diferido e em repetido (deram a notícia de ontem, do mesmo telejornal!). Quando já todos os aspectos da mágoa alheia estavam espremidos, e foram obrigados a dar outras notícias (estavam a competir apenas com a TVI, a fasquia era... inexistente) então lá mostraram o sr. Lopes e o sr. Pinto de Sousa à frente das respectivas opostas bancadas a discutir, não o orçamento do país, mas o passado de ambos. Foi bom para manter o tom trágico do telejornal. Mais espantoso que aquela sala ter sido pequena demais para ambos, é que em duas pessoas tão pequenas caibam egos tão grandes. A sala essa, é realmente pequena mas ainda disfarça na televisão, os outros dois não enganam ninguém.

Adormeci, felizmente.

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domingo, novembro 4

Palavras Simples a Recuperar

Aldrabão

fem. aldrabona

    s. m.,
        aldraba grande;
        homem trapalhão;
        trapaceiro;
    fig.,
        peça dos coches por onde passa a correia de suspensão.

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